Ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Aranha Filho; Martins, 2012); entre 800-1300m de altitude (Aranha Filho et al., 2007).
<i>Symplocos tenuifolia </i>é uma espécie arbórea a arbustiva ocorrente em estados do sul e sudeste do Brasil em diferentes habitats. Possui extensão de ocorrência de 212.341,060km². Apesar de o ambiente onde ocorre estar sob um histórico de pressão antrópica e atualmente sofrer com a fragmentação, a espécie ocorre em áreas protegidas, além de ser amplamente distribuída e bem representada nos locais onde ocorre. Desta forma, <i>Symplocos tenuifolia </i>está sob baixo risco de extinção, sendo considerada Menos preocupante (LC), entretanto, estudos posteriores de redução populacional ou restrições biológicas poderão levá-la a uma nova avaliação futuramente.
Espécie descrita em Engl., Pflanzenr. IV. 242 (6): 71-72. 1901. Nomes populares: "Capororoca", "Capororoquinha", "Carne-de-vaca", "Congonha", "Maria-mole", "Maria-mole-miúda", "Orelha-de-gato", "Pessegueiro-bravo" e "Vauvú" (Aranha Filho et al., 2007).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | |||||
NoBrasil, a área original de Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária),era de aproximadamente 200.000 a 250.000 km², ocorrendo com maiorintensidade nos Estados do Paraná (40%), Santa Catarina (31%), Rio Grande doSul (25%), apresentando manchas esparsas no sul de São Paulo (3%),internando-se até o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro (1%).Esta formação vegetacional, típica da região sul do Brasil, abriga componentesarbóreos de elevado valor comercial, como a Araucariaangustifolia (pinheiro) e Ocoteaporosa (imbuia), por isso esta floresta foi alvo de intenso processo deexploração predatório. Atualmente os remanescentes florestais não perfazem maisdo que 1% da área original, e suas espécies arbóreas estão relacionadas nalista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. A FlorestaOmbrófila Mista teve significativa importância no histórico de ocupação daregião sul, não somente pela extensão territorial que ocupava, masprincipalmente pelo valor econômico que representou durante quase um século. No entanto, a intensidade da exploração madeireira, desmatamentose queimadas, substituição da vegetação por pastagens, agricultura,reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e a ampliação das zonasurbanas no sul do Brasil, iniciados nos primeiros anos do século XX, provocaramuma dramática redução da área das florestas originais na região (Medeiros et al., 2005). |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | |||||
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005). |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Agriculture | |||||
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005). |
Ação | Situação |
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1.2.1.3 Sub-national level | |
Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002). |
Ação | Situação |
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4.4.3 Management | |
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Estação Ecológica de Angatuba e Estação Ecológica de Assis, no Estado de São Paulo (CNCFlora, 2011). |